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sexta-feira, 10 de abril de 2009

Once


Vi o John ( diretor ) comentar o seguinte num vídeo sobre o filme: “Não precisava ter o roteiro perfeito, tinha mais a ver com tons, climas, sons.”

E foi exatamente por isso que gostei tanto do Once.
Sabe, meu tipo preferido é mesmo esse que tem clima de intimidade. Adoro filmes assim. Dessas histórias que podem perfeitamente acontecer com a gente a qualquer momento.
Esses que mostram os medinhos, humanidades e desejos de cada um.
Filmes de cotidiano, que mostram os pequenos detalhes, os que só se vêem bem de perto, são esses que me ganham.
Adoro a cena quando ele está tocando a noite, sozinho na rua, com aquele canto gritado e todo aquele feeling. Não tem ninguém lá, mas ele nem liga. Cara, isso é lindo!
Acho graça naquela conversa estranha que ele tem com a Marketa (vou usar os nomes reais mesmo já que os personagens não tem os nomes citados) e como no dia seguinte ela aparece lá, no meio da rua com o aspirador de pó como se fosse a coisa mais normal do mundo andar por aí carregando um... xP
A cena deles tocando na loja de instrumentos eu nem comento... meu Deus, o que é aquilo? Não dão a mínima para o mundo, entram lá e quando estão tocando é como se estivessem em um lugar só deles, e com uma sintonia de quem já tocou junto um milhão de vezes, e não de quem acabou de se conhecer.
Ele chamando os caras na rua pra tocar junto, os ensaios no quarto, a tocada no estúdio, ele achando que quer a marketa e ela mostrando que ele devia mesmo é voltar à Londres com o disco recém gravado e a vontade de se resolver com a outra garota.
Gostei mesmo. De todos os tons, todos os climas e daqueles olhos enormes e expressivos de longos cílios ruivos que são tão charmosos e verdadeiros. E também daquele violão.
Informações Técnicas:
Título Original: Once
País de Origem: Irlanda
Direção: John Carney

5 comentários:

Ana Karenina disse...

Eu acredito que a vida pode ser assim.
Talvez eu tenha esquecido por um tempo, mas aí eu assisti Once e lembrei.
Perfeito, Oda. (rsrsrs - Engragado.)
Que bom saber qu você tem tanta sensibilidade para a arte.
Precisamos marcar um papo sobre cinema e assistir uns filminhos qualquer dia.
Me sinto tão solitário quando o assunto é esse, todo mundo só quer assistir Pantera cor-de-rosa 2. =

Beijos obesos.

Cachos disse...

Once, combinação perfeita entre arte e sensibilidade.

Ps:Ai, ai, mr. Hansard...

GABRIEL, gustavo disse...

Palavras tão bonitas, inteligentes e sensíveis que vão da postagem aos comentários me deixarão inibidos para aqueles meus comentários sacanas.

Essa é a verdade.

Beijo [do] magro.

MaRa disse...

Assim que terminei de ver Once, Maísa (minha irmã) leu pra mim o que você postou e fiquei impressionada: você traduziu muito bem a sensação que esse filme incrível dá.
Até mais.

Anônimo disse...

Quem toca em banda, já gravou algum álbum, ou já conviveu com músico por algum tempo da vida, sabe a emoção que é viver uma história parecida com essa. Eu achei o filme fantástico. Além disso, as músicas são muito boas.