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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Estória n° 2

Ai garoto, não faz assim. Não me olha desse jeito se você não tem certeza. Você sabe o quanto esses teus olhinhos mexem comigo, e olhar assim é covardia.
Não me abraça desse jeito que você sabe que eu adoro, e para de fazer carinho na minha nuca, agora! Já.
Para de falar dos discos iguais que a gente tem – que pouca gente sequer ouviu falar e a gente conhece tão bem.
Falar dos filmes agora vai ser golpe baixo.
Eu não quero saber das coincidências ou o quanto a gente tem em comum, isso só vai piorar as coisas agora.
E para de me chamar de Bia! Meu nome é Beatriz. Bia é só para os íntimos e eu não quero ser íntima de uma pessoa tão indecisa assim.
Então deixa disso e diz de uma vez do que é que você tem medo.
Não enrola. E eu já disse pra parar de me olhar assim. Não me diz o quanto você me acha bonita porque isso não vai adiantar de nada agora.
Não elogia meu nariz, nem meus pés. E não me fala o quanto me achou inteligente. Se não for pra responder o que eu te perguntei então não precisa dizer mais nada. Fica aí caladinho e continua sendo lindo. Aliás, fica aí na sua sim, mas para de ser bonito assim que esse teu charme já está me tirando de sério. E pelo visto não é isso que você quer.
Para de me abraçar desse jeito que eu não gosto. Eu não quero esse abraço agora. Eu só fiz uma perguntinha simples, não foi nada que faria sua vida mudar pra sempre.
E pára de perguntar se eu vou ficar bem. É claro que eu vou. Sempre fico. Sempre. A menos que chegue alguém que decida agir de uma forma e falar de outra só pra ferrar com a minha cabeçinha.
Mas não é o tipo de coisa que vai acabar comigo. Não precisa nem se preocupar. Eu não preciso que se preocupe.

2 comentários:

Vanessa marques disse...

arrasa com minha cara!

eu já disse que vc deveria escrever um livro?!

hahaaayy... lembro que me falou desse! ahauahua...


e eu num sei mulher que era de mim que vc falava ali1 adorei minha participação... fiquei feliz.. serio!


bju

Ana Karenina disse...

Ai, esses meninos...

O que seria de nós, sem eles?

Cadê os selos que lhe dei?
¬¬

Beijo.